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Alzheimer

A doença de Alzheimer se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem). É caracterizada como uma patologia inflamatória degenerativa que danifica uma parte específica do cérebro chamada lobo temporal medial, causando a morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
O Alzheimer é considerado uma doença complexa, pois não há uma única causa, podem ser considerados fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, má nutrição, predisposição genética e sedentarismo. Estudos apontam que se esses fatores forem controlados podem retardar o aparecimento da doença e que quanto maior o nível de escolaridade menores são as chances de um individuo desenvolver os sintomas do Alzheimer.
Dentre os nutrientes envolvidos na proteção do sistema nervoso, estão os ácidos graxos ômega 3, vitamina B1, B2, B3, B12, colina e as vitaminas antioxidantes C e E que combatem os radicais livres. Assim como selênio, manganês, cobre e zinco possuem um papel considerável na diminuição do estresse oxidativo e manutenção da integralidade do cérebro. Uma alimentação rica em peixes, vegetais folhosos verde-escuros, cereais, alimentos de origem animal como carnes, ovos e produtos lácteos (leite, queijos, iogurtes), frutas cítricas (acerola, laranja, tangerina) e sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas do Pará) fornecem os nutrientes que auxiliam na proteção do sistema nervoso.
Atualmente muito se fala sobre a suplementação do hormônio esteroide DHEA, ele é encontrado em quantidades elevadas em indivíduos jovens e com o avançar da idade diminui significativamente. Acredita-se que esse hormônio pode atuar como agente neuroprotetor, mas apesar da crescente popularidade do tratamento com DHEA em adultos e idosos, ainda não há evidencias científicas concretas sobre seu efeito benéfico.
Deste modo, com a atual transição demográfica ocasionada pelo envelhecimento da população, a previsão é que, até 2030, 20% das pessoas com mais de 65 anos terão demência ou doença de Alzheimer no mundo. Assim, mudanças no estilo de vida são necessárias e quanto mais precoce a intervenção mais distante será a manifestação da patologia.

 

Referências bibliográficas
1. Dementia cases set to triple by 2050 but still largely ignored. WHO, 2011.
2. Alzheimer´s Disease International. Dementia: a public health priority. Disponível em: http://www.alz.co.uk/WHO-dementia-report.
3. Farfel JM. Fatores relacionados à senescência e à senilidade cerebral em indivíduos muito idosos: um estudo de correlação clinicopatológica Catálogo USP, 2008.
4. Luchsinger JA, Mayeux R. Dietary factors and Alzheimer‘s disease. Neurology. 2004.
5. Silva, AF. Influência dos nutrientes e substâncias tóxicas no desenvolvimento e tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer, 2013.
6. Huppert FA, Van Niekerk JK. Withdrawn: Dehydroepiandrosterone (DHEA) supplementation for cognitive function. Cochrane Database Syst Ver, 2007.