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Coco

De origem asiática, os coqueiros foram trazidos para o Brasil em 1553 pelos portugueses e, atualmente, gera renda para mais de 90 países da zona intertropical através de produtos e subprodutos provenientes do seu caule, de suas folhas e de suas flores, além da casca, da água e da polpa de seu fruto, o coco:

Figura 1: Produtos e subprodutos comestíveis do coco

Coco_imagem
Água de coco:
• Retirada principalmente do coco verde;
• Um copo da água de coco fresca contém 21% da recomendação diária de manganês, mineral essencial para a saúde ossos;
• Apresenta vitamina C e selênio, importantes antioxidantes, compostos que auxiliam no combate aos radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce das células e o aparecimento de algumas doenças. Também apresenta o potássio, mineral fundamental para o equilíbrio do corpo;
• A valorização por produtos naturais que fazem bem a saúde tem feito com que a água de coco seja muito apreciada, principalmente por auxiliar na hidratação, repondo líquidos e minerais perdidos através do suor.
Polpa do coco:
• Pode ser consumida em sua forma fresca, a qual apresenta selênio e manganês;
• É matéria prima para diversos produtos, como o coco desidratado ralado, o qual agrega textura e sabor às preparações, o leite de coco, feito através do extrato aquoso da polpa e posteriormente pasteurizado e o óleo de coco virgem, rico em gorduras, principalmente de triglicerídeos de cadeia média (TCM) que são facilmente quebrados e absorvidos no organismo, independente de outros fatores como dieta. Devido a essa característica, alguns estudos do seu efeito para auxiliar na prática de atividade física e na perda de peso foram feitos, porém nenhum deles apresentou conclusões exatas. Ainda, o coco maduro (ou seco), pode ser usado na fabricação de cordas, tapetes, chapéus e encostos de veículos.
Importante saber: a grande utilização da polpa e da água do coco verde, leva a um desperdício do restante do fruto, já que 80% do seu peso bruto é considerado lixo de difícil decomposição (mais de 8 anos), o que leva a uma problemática ambiental. Isso pode ser resolvido com a valorização da utilização das suas fibras processadas para a produção de vasos, placas, substratos de mudas sem uso do solo.
Aproveite o valor nutritivo do coco e toda a sua versatilidade em bebidas, saladas, pratos principais e sobremesas!

 

Referências bibliográficas
1. Aoyama T, Nosaka N, Kasai M. Research on the nutritional characteristics of medium-chain fatty acids. J Med Invest. 2007 Aug;54(3-4):385-8.
2. Aragão WM, Isberner IV, Cru EM de O. Água-de-coco. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Aracaju; 2001. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/91680/1/CPATC-DOC.-24-01.pdf
3. Reifschneider et al. Uma pitada de biodiversidade na mesa dos brasileiros. Ministério da Saúde. 2014; 1.
4. Sagamithra A, John SG, Sorna PR, Chandrasekar V, Sasikala C, Hasker E. Coconut: An extensive review on value added products. Indian F Ind Mag. Dec 2013;32(6).
5. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O cultivo e o mercado do coco verde. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/O-cultivo-e-o-mercado-do-coco-verde
6. U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. 2001. USDA Nutrient Database for Standard Reference, Release 14.
7. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). 2011; 4.