O gengibre é uma raiz original do sudeste da Ásia, utilizado como erva medicinal em tradições asiáticas, indianas e árabes desde a antiguidade. É caracterizado como um rizoma, ou seja, um broto ramificado em diversos pontos, o que justifica o seu formato irregular. Sua melhor safra é de abril a junho, portanto, apresenta maior facilidade de produção, com menor preço e melhor valor nutricional nessa época.
Nutricionalmente, já foram reconhecidos mais de 100 componentes presentes no gengibre que podem trazer benefícios para a saúde. Entre esses, a ação dos compostos fenólicos desse condimento são os mais estudados, como os gingeróis e sua forma desidratada (shagóis) por suas ações:
– Antioxidante: auxiliam no combate aos radicais livreis produzidos pelo corpo em situação de estresse, poluição ou atividade física extrema;
– Anti-inflamatória: sua presença diminui a ação de compostos inflamatórios (LPS que leva a uma menor ativação de células do sistema de defesa responsáveis pela inflamação – macrófago);
– Nos músculos: diversos estudos mostram a ação do consumo de gengibre na diminuição da dor e fadiga muscular;
– Anti-enjoo: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reconhece o gengibre como um alimento capaz de auxiliar o tratamento profilático contra náuseas causadas por movimentos, cirurgias e gestação.
Na gastronomia, o gengibre é uma especiaria conhecida pelo seu aroma e sabor pungente e pode ser encontrado em sua forma fresca, em pó, cristalizado, em pasta ou como óleo. Muito versátil, pode ser usado em preparações doces, como bolos e geleias, receitas salgadas, como caldos, sopas e molhos, além de bebidas, como sucos de frutas.
Inclua esse alimento tradicional, saboroso e rico em compostos importantes à saúde em seu dia a dia, como tempero das suas entradas, pratos principais e sobremesas!
Referências bibliográficas
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 02 DE 13 DE MAIO DE 2014. 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/int0002_13_05_2014.pdf
2. Kizhakkayil J, Sasikumar B. Characterization of ginger (Zingiber officinale Rosc.) germplasm based on volatile and non-volatile components. Afr. J. Biotechnol. 2012; 11(4): 777-786.
3. Mashhadi NS et al. Anti-Oxidative and Anti-Inflammatory Effects of Ginger in Health and Physical Activity: Review of Current Evidence. Int J Prev Med. 2013 Apr; 4(1): S36–S42
4. Amorim A, Ferreira ARR, Carrapico E. Gengibre no tratamento da náusea e vómito da gravidez: revisão baseada na Evidência. Acta Obstet Ginecol Port 2013;7(2):103-108
5. CEASA Campinas. Alimentos de época. Disponível em: http://www.ceasacampinas.com.br/novo/Serv_Alimentos_Epoca.asp
6. Vieira NA et al. Efeito anti-inflamatório do gengibre e possível via de sinalização. Ciências Biológicas e da Saúde. 2014; 35(1): 149-162.
7. Ehrlich SD. Ginger. University of Maryland. 2013. Disponível em: http://umm.edu/health/medical/altmed/herb/ginger
8. Matsumura MD, Zavorsky GS, Smoligas JM. The Effects of Pre-Exercise Ginger Supplementation on Muscle Damage and Delayed Onset Muscle Soreness. Phytother. Res. 2015; 29: 887–893.