BLOG

Páprica

A páprica é feita a partir de uma variedade de pimentão-doce, nativo da América Central, pertencente à família das pimentas capsicum, como jalapeno e dedo de moça, que contém capsaicina como elemento picante. Esse pimentão é seco e moído para a extração dessa especiaria, que pode ser consumida em sua versão doce (mais suave pelo menor teor de capsaicina), picante (maior teor de capsaicina) ou defumada (mais escura, feita com pimentões defumados antes de moídos).
Pela sua cor, não deve ser confundida com o colorau, que é o pó feito a base da semente de urucum, utilizado apenas para colorir as preparações. A páprica, por sua vez, além da cor, também é usada para dar sabor à molhos, legumes, carnes, embutidos e aves. Na culinária húngara, é essencial no preparo do tradicional goulash (ensopado), já na espanhola, é ingrediente fundamental no preparo de arroz, ovos e saladas.
Nutricionalmente, o consumo da páprica pode auxiliar na manutenção da saúde. Em uma colher de café rasa (2g) dessa especiaria em pó é possível consumir 8% da recomendação diária de vitamina A, essencial para a saúde dos olhos, e 6% da recomendação diária de vitamina E, com ação anti-inflamatória e antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres, compostos que podem prejudicar o bom funcionamento e a estrutura das células saudáveis do corpo.
Ainda, a páprica apresenta quantidades significativas de compostos bioativos:
– Betacaroteno: principal precursor da vitamina A, que além de essencial para a saúde dos olhos, é importante para a pele e para o sistema de defesa do corpo;
– Luteína-zeaxantina: fundamental para manter a saúde dos olhos, já que compõe a região da retina (mácula), responsável por absorver a luz e transforma-la em imagens nítidas.

Páprica_tabela

Que tal inserir essa especiaria em seu dia a dia?

 

Referências bibliográficas
1. Neto NL, Freire R, Lacerda I. Misturando sabores: receitas e harmonizações de ervas e especiarias. Ed Senac, 2013.
2. Horst MA, Moreno FS. Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes – Carotenoides. International Life Sciences Institute (ILSI). 2009.
3. USDA: U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 26. 2013.
4. Moeller SM et al. Associations between age-related nuclear cataract and lutein and zeaxanthin in the diet and serum in the Carotenoids in Age-Related Eye Disease Study (CAREDS), an ancillary study of the Women’s Health Initiative. Arch Ophthalmol. 2008 March ; 126(3): 354–364.