Lepidiummeyenii, popularmente conhecida como maca, tem sido foco de pesquisas desde os anos 90, quando se passou a descobrir alguns dos efeitos positivos do consumo desta planta peruana no tratamento de diversas doenças. O cultivo de maca, nas áreas de grande altitude no Peru, ocorre por mais de 2000 anos, sendo empregada principalmente como suplemento alimentar. Contudo, foi nesta última década que a maca passou a ser reconhecida mundialmente como um fitoterápico de forte potencial no comércio farmacêutico, o que se refletiu no aumento de sua exportação em quase 5 vezes.
Uma revisão científica publicada na revista Evidence, evidencia as principais propriedades da maca, podendo esta ser utilizada no auxílio ao tratamento de disfunções sexuais, osteoporose, hiperplasia benigna da próstata, problemas de memória e aprendizado e, ainda, protegendo a pele contra os efeitos dos raios ultra-violetas. Frente a tantos atributos positivos, a maca tende a ser foco de investimento, ainda maior, nas pesquisas científicas, a fim de melhor se aprofundar as formas ideais de sua aplicação nos mais diversos tratamentos e prevenções.
Dentre as propriedades nutricionais da maca, um estudo desenvolvido pela FDA (U.S. Food and Drug Administration) demonstrou que o hipocótilo – tecido embrionário de onde se origina o caule – é uma fonte rica de carboidrato e aminoácidos essenciais, além de contar com a presença de fibras, ácido oleico, linoleico e palmítico, ficando elucidada sua importância nutricional.
As propriedades farmacêuticas da maca são ainda mais numerosas. Destacando seu efeito positivo no tratamento de pressão alta, síndrome metabólica hoje de alto índice, uma pesquisa demonstrou que após se consumir maca gelatinizada, por 12 semanas, a pressão sistólica e diastólica dos sujeitos envolvidos sofreram significante redução. Por sua vez, um estudo realizado em Mumbai, Índia, aponta que o tratamento de pacientes com osteoartrite com uma mistura de Uncariaguianensis (300mg) e maca (1500mg) possui o mesmo efeito positivo que o tratamento por sulfato de glucosamina após 8 semanas de tratamento.
Frente a essas positivas evidencias científicas é importante ainda mais estudos para poder ser uma indicação pontual. No entanto, por ser um tubérculo com muitas propriedades nutricionais, deve ser consumido dentro de um plano alimentar variado e balanceado, com a orientação de um nutricionista.
Referências bibliográficas
1. Gonzales GF. Ethnobiology and Ethnopharmacology of Lepidium meyenii (Maca), a Plant from the Peruvian Highlands. Evid Based Complement Alternat Med. 2012;2012:193496.