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Estrategia em Alimento

Relatório da comissão para erradicar a obesidade infantil – Organização Mundial da Saúde

Entre 1980 e 2013, a prevalência de sobrepeso e obesidade infantil no mundo quase dobrou (+47,1%). A obesidade infantil é uma condição complexa que aumenta o risco de consequências psicológicas, complicações gastrointestinais, doenças cardiovasculares e diabetes, as quais são cada vez mais observadas nesta faixa etária.
Como a obesidade infantil não é somente resultado de escolhas da criança, toda a sociedade é responsável por essa epidemia global. Para melhor informar e desenvolver uma resposta abrangente a esta situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou um relatório especificando intervenções, para que a comunidade atue na prevenção da obesidade infantil, além de tratar os casos já existentes.
O relatório sugere que o problema do ambiente obesogênico deve ser resolvido através da educação, não somente para as crianças, mas para toda a sociedade. A população precisa entender como ter uma vida saudável, promover saúde através de estratégias de marketing, estabelecer políticas para reduzir a barreira à acessibilidade aos alimentos saudáveis, eliminar a disposição de alimentos não saudáveis no ambiente escolar, e criar políticas fiscais, como impostos, para reduzir o consumo de alimentos não saudáveis.
Além de promover a alimentação saudável, também é necessário reduzir o comportamento sedentário e promover uma vida saudável através da atividade física, com programas de marketing social, comunidades seguras e apropriadas para atividade física, assegurando que esse hábito esteja incluído no currículo escolar e proporcionar instalações adequadas para sua realização, tanto no horário de aula, como durante o tempo de lazer para todas as crianças.
O cuidado é necessário desde a gestação, pois a saúde da mãe influencia a saúde da criança. A prevenção pode ser feita através da orientação das futuras mães com relação à nutrição, atividade física, tabagismo, diagnóstico precoce, tratamento de infecção, hiperglicemia e hipertensão, antes e durante a gravidez. Além disso, o monitoramento e gerenciamento de ganho de peso gestacional é essencial. Após o nascimento deve-se proteger, promover e apoiar o aleitamento materno e a utilização do guia com orientação sobre a introdução complementar de alimentos apropriados para crianças.
Em relação às crianças e adolescentes afetados pelo sobrepeso e pela obesidade, os sistemas de saúde devem fornecer multicomponentes baseados no ambiente e na família, incluindo nutrição, atividade física e aspectos psicossociais. Ainda, os profissionais de saúde devem ser treinados e ter o conhecimento e as habilidades necessárias para fornecer esses serviços.

 

Referência bibliográfica:
1. World Health Organization (WHO). Interim Report of the Comission on Ending Childohood Obesity; Geneva, Switzerland, 2015.