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Estrategia em Alimento

SERÁ O CAMINHO PARA A DEFINIÇÃO DE ALIMENTOS INTEGRAIS?

No dia 21 deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) avaliou a proposta de iniciativa sobre produtos à base de cereais integrais. Assim, pretende-se definir o tipo de regulação necessária para estes produtos. Atualmente, não existe no Brasil uma legislação específica para denominar um alimento de “integral”, basta ter a presença de um cereal integral (em forma de grão ou farinha).
Enquanto a legislação não entra em vigor, é preciso olhar o rótulo: a lista de ingredientes está em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente é o que está presente em maior quantidade no produto. Portanto, se estiver em busca de alimentos à base de cereais integrais, procure aqueles em que o primeiro ingrediente é a farinha ou o grão do cereal.
Ao redor do mundo, há países que já tem essas regras na legislação. Veja alguns:
• Austrália e Reino Unido: é considerado integral um produto com, ao menos, 8 gramas de cereais integrais por porção;
• Estados Unidos: é preciso conter no mínimo 8 gramas de cereais integrais em 30 gramas do produto;
• Canadá: existe um selo básico para alimentos que contém 8 gramas de cereais integrais por porção e um selo 100% para produtos com ao menos 16 gramas por porção e feito somente com cereais integrais;
• Holanda: as leis são mais rígidas para os pães, já que é preciso utilizar 100% cereais integrais para chamar de “integral”. Já para os outros produtos, não há lei específica, porém, os produtos utilizam essa nomenclatura quando tem mais da metade dos cereais na versão integral;
• Alemanha: também rígida, as massas precisam ser feitas com pelo menos 90% cereais integrais e os pães só devem conter cereais integrais;
• Escandinávia: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega têm uma legislação padrão em que para serem denominados integrais precisam ter ao menos: 15% em pizzas e tortas, 25% em pães, 50% em macarrão e mingau, 100% para farinhas e refeições prontas.
Referências bibliográficas:
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Acompanhe a reunião da Diretoria da Anvisa. Jun/2016
2. Alimentos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Universidade de Brasília – Brasília: Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Universidade de Brasília, 2005.
3. Whole Grains Council. Existing Standards for Whole Grains.