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Inhame ou taro

O termo inhame no Brasil é uma confusão histórica, já que se refere ao cará no nordeste do Brasil e ao taro, no sudeste, tubérculos de duas famílias diferentes: Dioscorea e Colocasi. Em 2002, a Associação Brasileira de Horticultura (ABH) determinou que os da primeira família (mais conhecidos como cará) seriam chamados oficialmente de inhame, e os da segunda família, de taro. No entanto, popularmente, no sudeste do país, o taro (Colocasia esculenta) ainda é conhecido como inhame japonês ou inhame africano, devido à sua origem.
O taro, ou inhame, é cultivado principalmente no sudeste do país e pode pesar até 200g. Por caracterizar-se por uma parte subterrânea comestível, faz parte do grupo dos tubérculos e raízes como a batata, a mandioca e o cará. Esse grupo é conhecido pela sua versatilidade após o cozimento em sopas, saladas, cozidos, purês, pães e sobremesas.

Tabela 1. Composição nutricional do Taro (Inhame) por porção

Inhame ou taro_tabela
Como pode ser observado na Tabela 1, o inhame japonês (taro) destaca-se por ser rico em vitamina E e por contribuir com a ingestão de vitamina C, micronutrientes que protegem contra o envelhecimento precoce das células, através da sua capacidade antioxidante.
Um estudo da Universidade de Aveiro, em Portugal, verificou que o consumo regular de taro contribui com a ingestão de compostos fenólicos, importantes antioxidantes que auxiliam no combate aos radicais livres produzidos pelo corpo humano em situação de estresse, que podem levar a danos à saúde. Ainda, podem apresentar ação cardioprotetora, auxiliar na diminuição dos riscos celulares, além de estimular a circulação sanguínea e o sistema de defesa do corpo.
Com criatividade, o consumo do taro, ou inhame africano, pode aumentar o sabor das preparações, a energia do dia a dia e ajudar na manutenção da saúde.

 

Referências bibliográficas
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução – CNNPA nº 12, de 1978 atualizada. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/e57b7380474588a39266d63fbc4c6735/RESOLUCAO_12_1978.pdf?MOD=AJPERES
2. Gonçalves, RFG. Colocasia esculenta (L.) Shott: perfil fenólico e bioatividade. Departamento de Química. Universidade de Aveiro. 2012. Disponível em: http://ria.ua.pt/bitstream/10773/10728/1/7054.pdf
3. Ministério da Saúde. Alimentos Regionais Brasileiros. Brasília. 2014;2.
4. Paladar. Qual é o nome do inhame? Jornal Estado de São Paulo. 2013. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/paladar/qual-e-o-nome-do-inhame/
5. United States Department of Agriculture – Agricultural Research Service Nutrient Database for Standard Reference. 2001; 14.