Um pequeno estudo encontrou uma discreta diferença entre a palatabilidade em crianças obesas e crianças com peso normal. Pesquisadores alemães testaram a capacidade de degustação de 99 crianças obesas e 94 com peso normal, com idade mediana de 13 anos. As crianças tinham que adivinhar e classificar, em uma escala de intensidade de sabor de cinco pontos, os gostos entre umami, doce, azedo, salgado e amargo através de tiras de papel filtro.
As meninas foram melhores que os meninos em distinguir gostos distintos, e os mais velhos pontuaram mais do que os jovens. As crianças obesas distinguiram menos que as com peso normal, uma diferença estatisticamente significativa e também classificaram todas as concentrações de sabor inferior do que aqueles no grupo normal de peso. O que indica que crianças obesas são mais propensas a ter um fraco sentido de paladar.
O autor principal do estudo, o pediatra Dr. Johanna Overberg, acha importante que as crianças experimentem mais alimentos diferentes para que percebam sabores distintos e possam melhorar a sua sensibilidade gustativa.
Esta associação, entre obesidade e fraca habilidade sensorial para gostos, ainda não é clara. Porém, os autores da pesquisa sugerem que o hormônio leptina, responsável pelo controle da ingestão alimentar, pode afetar tanto o peso corporal, quanto a sensibilidade do paladar.
Referências bibliográficas:
1. The New York Times. Obese children less sensitive to taste, 2012. Disponível em: http://well.blogs.nytimes.com/2012/10/01/obese-children-less-sensitive-to-taste/?_r=0