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A HISTÓRIA DO ARROZ E DO FEIJÃO

Para além das características marcantes das culinárias regionais do Brasil, a dupla “arroz e feijão” faz parte da alimentação básica do povo brasileiro. Mas, de onde
surgiu esse hábito?

Há registros da existência do feijão e plantas similares desde as eras mais antigas da China, do Egito e de Roma. Alguns historiadores acreditam que a existência destes alimentos, que são ricos em proteínas e fibras, foi responsável pela sobrevivência da civilização ocidental em períodos medievais de fome.

Foram os africanos que nos legaram o popular uso do feijão-fradinho no preparo do famoso acarajé. Os feijões mais populares no Brasil, são do gênero Phaseolus e já no século XVI começaram a ser plantados pelos escravos, ocupando os engenhos de açúcar. Mais tarde, este grão também viria a fazer parte da alimentação dos bandeirantes, dos tropeiros e de todos os brasileiros.

Além disso, para além do feijão cozido, encontramos diversas receitas tradicionais que levam essa leguminosa, como a feijoada, o tutu de feijão, o feijão tropeiro e o baião de dois. Não é à toa que de toda a produção nacional de leguminosas, 98% seja de feijão.

O arroz, alimento trazido do sudeste asiático para o ocidente pelos árabes, foi introduzido aos índios brasileiros pelos portugueses. Apesar de já existirem no Brasil diferentes tipos de arrozes, eles não eram utilizados pelos nativos. A primeira referência ao cultivo deste cereal data de 1587 na Bahia. Então, a cultura do arroz se espalhou e com a ordem de D. João VI, a qual determinava a introdução deste alimento na alimentação do exército junto ao feijão.

Hoje, o arroz com feijão faz parte do nosso cotidiano e formam uma bela dupla para além do sabor, já que os aminoácidos presentes no feijão completam os aminoácidos do arroz, tornando-os uma combinação completa. Sorte a nossa!

Referências bibliográficas:

Fernandes C. Viagem gastronômica através do Brasil. 6ª edição. São Paulo: Senac; 2000.

ONU/FAO. Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura. Legumbres, semillas nutritivas para un futuro sostenible, 2016.