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Estrategia em Alimento

AS HORTAS URBANAS

O plantio de hortaliças, ervas aromáticas e medicinais vêm ganhando muito espaço nas áreas urbanas brasileiras, seguindo uma realidade mundial. O crescimento desse tipo de cultivo se iniciou como forma de lazer e contato com elementos da natureza, com a terra, passando também pelo cuidado e maior preocupação com a alimentação, minimizando o contato com agrotóxicos, por exemplo. Hoje, o tema das hortas urbanas já é estratégia de segurança alimentar e ganha espaço nas políticas públicas e o apoio de prefeituras e de outras esferas governamentais, sociedade civil e organizações independentes.

Sejam em varandas individuais, em hortas coletivas, nas áreas comuns de prédios ou até em praças, os espaços urbanos ganham novos significados e utilidades com as hortas. Muitas organizações não governamentais (ONGs) atuam também em projetos de hortas urbanas, inclusive ensinando a população sobre como plantar e cuidar dos diferentes tipos de alimentos.

Em São Paulo, as hortas urbanas começaram a ter visibilidade em 2004, quando a ONG Cidades Sem Fome levantou o tema. O movimentou da agricultura urbana na maior metrópole do país cresceu ainda mais em 2011, com a criação do grupo Hortelões Urbanos, que nasceu com o objetivo de troca de experiências sobre plantio orgânico doméstico de alimentos e de incentivar a formação de hortas comunitárias. Em 2012, nasceu a Horta das Corujas, na Vila Madalena, a primeira horta urbana feita em uma praça pública na cidade. Mas, apesar de este parecer ser um movimento da última década, especialistas garantem que agricultura e o processo de urbanização sempre tiveram relação e aconteceram juntos. Hoje, na cidade de São Paulo, existem mais de 30 hortas comunitárias.

E as iniciativas não param de surgir! O Jardim do Rock (2016), projeto do Instituto Cultural Galeria do Rock, visa orientar a população na criação de hortas urbanas e tem no teto do famoso edifício da capital paulista – a Galeria do Rock – sua área de cultivo. Além da ampliação do projeto para outros rooftops, o projeto atualmente conta com parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro) no fornecimento de técnicas agrícolas e trabalham em conjunto no desenvolvimento de estrutura de hortas verticais para serem disponibilizadas em praças públicas pela cidade.

Referências Bibliográficas:

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/hortas-urbanas-uma-tendencia-mundial-que-ganha-forca-no-brasil,35930d6db2cce410VgnVCM2000004d00210aRCRD. Acesso em 25 de julho de 2017.

Hortelões Urbanos. Disponível em: https://www.facebook.com/notes/hortel%C3%B5es-urbanos/as-hortas-e-os-hortel%C3%B5es-onde-est%C3%A3o/475572129178440. Acesso em 25 de julho de 2017.

Rede Brasil Atual. Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2017/03/hortas-urbanas-produzem-20-de-todo-o-alimento-produzido-no-mundo. Acesso em 25 de julho de 2017.

Cidades sem Fome. Disponível em: https://cidadessemfome.org/pt-br/. Acesso em 25 de julho de 2017.
Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Disponível em: http://www.consea.sp.gov.br/noticias/297/acoes-de-seguranca-alimentar-e-nutricional-sustentavel-sao-debatidas-em-reuniao-na-capital. Acesso em 26 de julho de 2017.