Através de uma série de estudos, pesquisadores da USDA (U.S. Department Of Agriculture) buscaram entender quanto das calorias de algumas nuts, como amêndoas, nozes e pistaches são de fato absorvidas e utilizadas pelo corpo humano após seu consumo e parece que os valores calóricos desses alimentos podem mudar.
Ao longo dos anos, a ciência da nutrição evoluiu e mostra cada vez mais que “contar calorias” não é tão simples quanto parece. O conceito por trás dos achados é a biodisponibilidade, ou seja, nem toda a quantidade de calorias ou nutrientes ingeridas serão de fato absorvidos e utilizados pelo corpo. No caso das nuts o fato de serem ou não torradas ou mesmo o modo como são mastigadas influenciam no seu “valor calórico”, segundo os cientistas.
Estudos com o pistache, por exemplo, mostraram uma redução de 5% do valor calórico atual do pistache para seu valor de fato absorvido pelo corpo; pode parecer pouco, mas no “fim do dia”, essas pequenas variações podem ser bastante significativas. Já outro estudo realizado com nozes mostra uma diferença mais expressiva entre o conteúdo de energia estimado para o alimento e o conteúdo metabolizado: 21%! E no caso das amêndoas 32% de redução, valores muito significativos.
Segundo os pesquisadores, fornecer informações mais precisas sobre o conteúdo de energia metabolizável (calorias reais dos alimentos) pode ser um próximo passo, inclusive para constar em rótulos de alimentos.
Referência Bibliográfica:
U.S. Department Of Agriculture. Going nuts for calories. 2018. Disponível em: https://www.usda.gov/media/blog/2018/03/23/going-nuts-calories. Acesso em 28 de março de 2018.