Durante a prática de exercício físico produzimos uma maior quantidade de radicais livres (RL). Este fenômeno apesar de natural, por necessitarmos de oxigênio, é conhecido por produzir efeitos negativos, como lesões em órgãos e tecidos, além de limitar o desempenho esportivo e, por isso, leva a uma maior propagação da ingestão de antioxidantes por atletas.
Apesar desta produção de RL, os exercícios de intensidade baixa a moderada possui por si só um papel antioxidante, o que implica em efeitos benéficos no exercício em longo prazo.
Suplementar com antioxidantes, tanto naturais quanto sintéticos, como vitamina A, C e E, flavonoides, ômega-3, licopeno, selênio, além de multivitamínicos, pode ter efeitos favoráveis na defesa antioxidante. Essa hipótese já tem sido evidenciada geralmente com o uso de vitamina E ou C associada a algum outro antioxidante, em que se observa melhora na sensibilidade a insulina induzida pelo treino e na capacidade física de resistência. Outro antioxidante que tem sido utilizado é o resveratrol, que confere aumento da produção de antioxidantes, entre outros.
Porém, é necessária cautela em atletas que tomam excesso de antioxidantes exógenos pois também podem inibir a resposta celular ideal ao exercício, por afetar o equilíbrio entre as forças pró e antioxidante, impactando negativamente a ventilação, lactato sanguíneo, percepção de fadiga e desempenho esportivo. Assim, é necessária uma avaliação individualizada por um nutricionista especialista em esporte, antes de realizar uma suplementação, levando em consideração tipo de exercício e intensidade.
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