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Estrategia em Alimento

Confira quais são os alimentos que mais causam alergia alimentar!

Hoje em dia, com a tecnologia e o avanço da medicina, fica mais fácil identificar alergias alimentares e intolerância a determinados ingredientes. Com as pessoas cada vez mais conscientes sobre o que podem ou não colocar no prato, cabe às empresas e à indústria de alimentos se adaptar às demandas dos diferentes públicos.

A tarefa não é fácil, pois manipular alimentos que causam alergia – os chamados alimentos alergênicos – requer grande cuidado por parte dos responsáveis pela produção. Para desenvolver consciência a respeito dessa responsabilidade é preciso entender o que são as reações alérgicas, como elas aparecem e o que podem causar ao indivíduo.

Quer saber como se preparar para esse nicho de mercado e estar preparado para atender todo o tipo de consumidor? Então, continue a leitura e descubra!

O que é alergia alimentar?

A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico (o sistema de defesa do organismo) à ingestão de uma determinada substância, que, por vezes, pode estar presente em uma série de produtos.

A quantidade do alimento ingerido pode fazer diferença, ou não, na reação alérgica desenvolvida por cada pessoa. Há quem desencadeie sintomas mesmo que a porção consumida seja muito pequena. Os sinais no corpo podem ir dos menos graves, como uma simples coceira nos lábios, até aos mais arriscados, como a anafilaxia – reação súbita e grave em que podem estar presentes sintomas como comprometimento respiratório e gastrintestinal e/ou queda brusca da pressão arterial, e, por isso, pode ser fatal.

A alergia alimentar, no entanto, é diferente da intolerância. No caso de reações alérgicas, o corpo reconhece aquela substância como um agente agressor, e reage de forma intensa e aguda. A intolerância, por outro lado, é caracterizada pela dificuldade em digerir determinado ingrediente. A alergia, normalmente, é muito mais grave e pode levar à morte. Por isso, a importância de as marcas e produtos estarem atentos a essa questão.

O que causa alergia alimentar?

A causa para as alergias alimentares é a presença, nos alimentos, de substâncias que sensibilizam o corpo, ou seja, que o organismo reconhece como potencialmente prejudiciais, às quais reage produzindo anticorpos do tipo imunoglobulina E (IgE), e desencadeando uma série de respostas.

Estima-se que as reações alérgicas a alimentos afetem de 6 a 8% das crianças menores de 3 anos de idade, e cerca de 2 a 3% dos adultos. Um sinal de alerta importante é o conhecimento de que crianças com outras doenças alérgicas, como dermatite atópica ou asma, apresentam maiores chances de desenvolver alergias alimentares.

As alergias são menos comuns do que a intolerância, e algumas podem desaparecer com o tempo enquanto outras duram a vida toda, ou mesmo se manifestam em momentos mais avançados da vida, até o qual a pessoa desconhecia a presença de alergia alimentar.

Qualquer alimentos pode desencadear alergia, porém, existem aqueles mais envolvidos em casos de alergia alimentar diagnosticada. São eles:

  • leite de vaca;
  • ovo;
  • soja;
  • trigo;
  • amendoim e outras oleaginosas, como as nozes;
  • peixe;
  • crustáceos ou frutos do mar, como camarão e lagosta.

Corantes, conservantes e aditivos alimentares, como o corante artificial tartrazina, sulfitos e glutamato monossódico também são relatados como causadores de reações alérgicas. Por isso, sucos artificiais e industrializados, gelatinas, balas coloridas, temperos prontos, também entram no grupo de alimentos com os quais deve-se ter cautela, especialmente em se tratando de pessoas que já tenham manifestado outras alergias alimentares.

Um fenômeno interessante, e que também deve ser um alerta, é o das reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes que promovem respostas alérgicas similares em uma mesma pessoa. Isso pode ser exemplificado por casos em que a pessoa apresenta, sabidamente, alergia a camarão e, por isso, pode não tolerar bem outros frutos do mar, os quais devem ser evitados.

Como deve ser a rotulagem de alimentos alergênicos?

Com tantos alimentos potencialmente alergênicos e diferentes sintomas, as empresas precisam ficar muito atentas à composição dos produtos, principalmente se trabalham para atender nichos específicos de mercado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem regras específicas para a rotulagem de alimentos. É obrigatório colocar na embalagem todos os ingredientes usados na fabricação do produto, na forma de uma lista ordenada de forma decrescente no que diz respeito às quantidades utilizadas.

Além disso, existe no Brasil desde 2015 uma legislação específica que regulamenta a rotulagem de alimentos alergênicos, a RDC n. 26/2015, da própria Anvisa. Segundo essa resolução, os principais alimentos que causam alergias alimentares, listados detalhadamente no anexo da norma, devem ser obrigatoriamente declarados “imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes, em caixa alta, negrito, cor contrastante com o fundo do rótulo, e altura mínima de 2 mm e nunca inferior à altura de letra utilizada na lista de ingredientes”.

Essa mesma resolução determina também que, nos casos em que não seja possível garantir a ausência de contaminação cruzada  por alérgenos alimentares, deve constar no rótulo a declaração “Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”. Por contaminação cruzada entende-se a presença de qualquer alérgeno alimentar que não tenha sido adicionado intencionalmente ao alimento, mas que seja identificado como consequência do cultivo, produção, manipulação, processamento, preparação, tratamento, armazenamento, embalagem, transporte ou conservação de alimentos, ou como resultado da contaminação ambiental.

Como você pôde perceber, hoje em dia o tema “alergias alimentares” está bastante difundido, e a regulamentação de alimentos alergênicos se tornou muito mais criteriosa.  As empresas devem ficar atentas para identificar os ingredientes potencialmente alergênicos e manipulá-los da forma correta para poder atender a diferentes públicos da forma mais adequada e cuidadosa possível.

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