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Estrategia em Alimento

Redução de açúcar: quais os impactos do acordo firmado pelo governo?

Em 2018, o governo brasileiro e as empresas do setor de alimentos assinaram um acordo que pretende reduzir mais de 144 mil toneladas de açúcar nos alimentos até 2022. Considerando que o brasileiro consome, em média, 109 g de açúcar por dia (IBGE, 2011) – pouco mais que o dobro do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) -, tal decisão se trata de nada menos que uma medida de saúde pública. Vale ressaltar que 36% desse consumo corresponde ao açúcar presente nos alimentos industrializados, mais uma justificativa para a elaboração do acordo.

E você: já sabe quais os impactos do acordo da redução de açúcar? Entende como ele afeta a alimentação e a qualidade de vida da população e como as marcas podem se adaptar à medida? Para responder a essas e outras perguntas, preparamos este artigo com várias informações essenciais sobre essa relevante mudança. Continue conosco e boa leitura!

O que foi determinado no acordo para a redução de açúcar?

O Ministério da Saúde e a indústria de alimentos e bebidas, como já mencionamos, assinaram um acordo para a redução, de forma gradual, de açúcar na produção de industrializados em 144,6 mil toneladas num período de 4 anos. Os produtos incluídos na resolução foram separados em 23 categorias de alimentos, divididos em cinco grupos. São eles:

  • biscoitos recheados — com meta de redução de 62% no teor de açúcar;
  • bebidas adoçadas — meta de redução de 33% do açúcar;
  • produtos lácteos — meta de redução de 53% do açúcar;
  • bolos prontos e misturas para bolo — meta de redução de 34% e 46% do açúcar, respectivamente;
  • achocolatados em pó — meta de redução de 10% do açúcar.

Esse compromisso assinado pelas indústrias será cobrado pelo governo, e sua fiscalização será feita de dois em dois anos a partir da assinatura do documento. O Ministério da Saúde será responsável pela verificação dos rótulos dos produtos, enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) fará análises laboratoriais para medir as quantidades dos ingredientes.

Como o acordo afeta a alimentação e qualidade de vida da população?

Alguns dados alarmantes levaram o governo a firmar esse acordo com as indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas. Entre eles está o fato de que, em apenas uma década, os níveis de obesidade no Brasil aumentaram mais de 60%, enquanto os de diabetes tiveram um aumento de 54% entre os homens e 28% entre as mulheres.

Apesar de a ingestão excessiva de açúcares livres estar mais diretamente associada a esses dois problemas, é importante ressaltar que outras condições de saúde podem estar relacionadas ao seu consumo exagerado,  como cáries e acúmulo de gordura no fígado.

Como as marcas podem se adaptar a essas mudanças?

Como foi possível perceber, as mudanças promovidas pelo acordo da redução de açúcar trazem vantagens para o consumidor. Mas e as marcas: como podem se adaptar a essas mudanças? Uma das possibilidades mais acertadas nesse sentido é contar com o auxílio de uma consultoria estratégica em alimentos.

Um dos principais objetivos dessa consultoria, prestada por empresas especializadas, é esclarecer os questionamentos de uma marca em relação a determinado tema — como, nesse caso, a redução do açúcar. A partir daí, torna-se possível traçar as trajetórias necessárias para ajustar ou inovar formulações e ingredientes.

Os consultores estão preparados para ajudar a marca na elaboração de suas novas metas, diretrizes e planos de ação, tendo como base o acordo firmado. Além disso, trata-se de uma ótima oportunidade para que a empresa adquira mais entendimento sobre o mercado na qual atua, bem como sobre seus ingredientes e linhas de produtos.

E então, entendeu como se dá o acordo para a redução de açúcar e quais os principais aspectos referentes à medida? Se você gostou deste post, siga a RGNutri e aproveite para continuar sempre por dentro de nossos conteúdos — estamos no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn!