Elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visam à criação de um futuro melhor para o planeta e seus habitantes, sem deixar ninguém para trás. Eles abordam os desafios globais enfrentados ao redor do mundo, incluindo aqueles relacionados à pobreza, à desigualdade, à fome e às alterações climáticas, por exemplo.
A história dos ODS começa com o estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), traçados em 2000 com foco no combate à pobreza e garantia à uma vida com dignidade. Os 8 ODM deveriam ser alcançados até o final de 2015, e mostraram que o estabelecimento de metas globais funciona, tendo ajudado a acabar com a pobreza, ainda que não completamente. Com base nessa experiência, as Nações Unidas definiram os ODS como parte de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável que deve finalizar o trabalho dos ODM, estimulando a ação em áreas cruciais para a humanidade e o planeta.
A alimentação, de diferentes formas, é proeminente em muitos dos ODS, uma vez que está interligado com quase todos os aspectos da economia, da sociedade e do meio ambiente. Por isso, é fundamental entender de que maneira as empresas podem agir para acelerar o alcance dos objetivos. Para entender melhor sobre o tema, continue conosco!
Por meio de um encontro de chefes de Estado e Governo realizado em 2015, na sede da ONU em Nova Iorque (EUA), os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram elaborados com o intuito de unir forças para promover os direitos humanos, construir uma sociedade mais pacífica e proteger o planeta e seus recursos naturais. São eles:
Foi decidido que os ODS devem ser cumpridos até o ano de 2030, exigindo uma cooperação global. Cerca de 200 nações assumiram esse compromisso e, para que elas realmente possam colocá-lo em prática, os governos precisam contar com o apoio das empresas — que devem se comprometer igualmente com a redução de seus impactos sobre a natureza e a sociedade.
Dessa forma, o setor de alimentos exerce um papel importante no que diz respeito ao cumprimento dessa agenda, já que vários dos ODS têm relação direta com a produção, a distribuição, o armazenamento e o aproveitamento de produtos alimentícios.
Como já mencionamos, vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão interligados à alimentação. Por exemplo, somente o acesso a alimentos seguros e nutritivos, no desenvolvimento e manutenção de padrões alimentares adequados e saudáveis garantirá vidas saudáveis e promoverá o bem-estar para todos, como determina o ODS 3.
Sobretudo nos países em desenvolvimento, fatores como a fome e a desnutrição estão ligados a uma série de doenças, altos níveis de mortalidade infantil e impactos no desenvolvimento a longo prazo. Por outro lado, condições como obesidade, diabetes, entre outras relacionadas à má nutrição são epidemias nos países desenvolvidos, e coexistem com as condições carenciais em proporções cada vez mais alarmantes também nos países em desenvolvimento.
Combater o consumo excessivo e o desperdício de alimentos é fundamental para garantir padrões sustentáveis de consumo e produção, como preconiza o ODS 12. Aqui, é válido lembrar que quase um terço de todos os alimentos produzidos no mundo são descartados, em diferentes pontos de toda a cadeia. É difícil imaginar, mas o fato é que a comida desperdiçada apenas na Europa seria suficiente para alimentar duas vezes as pessoas famintas do planeta.
Todos esses aspectos citados acima podem ser considerados pelas marcas no processo de fabricação de alimentos, pensando também no destino desses produtos após chegarem ao mercado e serem consumidos. A começar com as produções agrícolas, que podem colaborar com o cumprimento de uma série de ODS ao adotar práticas sustentáveis como:
Já as empresas de alimentos podem focar na criação de produtos que contribuam para a qualidade nutricional e o bem-estar do consumidor. No Brasil, um exemplo disso é o acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a indústria de alimentos e bebidas para a redução de açúcar na produção de industrializados. A medida tem muito a ver com os ODS 3 e 12.
Para tanto, é recomendado contar com o auxílio de uma consultoria estratégica em alimentos. A expertise dessa empresa especializada ajuda as marcas a entender o caminho a percorrer para ajustar ou inovar nas formulações e nos ingredientes de seus produtos, até que sejam atingidos os objetivos desejados.
As empresas do setor de alimentos podem também promover a sustentabilidade por meio das embalagens de seus produtos. A Coca-Cola, por exemplo, diminuiu o peso de suas garrafas PET entre 4% e 27%, contribuindo para a redução do consumo de matéria-prima de petróleo e dos resíduos gerados. Além disso, suas embalagens reutilizáveis evitam a produção de cerca de 70 milhões de garrafas novas por ano.
Para diminuir ainda mais os impactos no meio ambiente, as embalagens também podem ser pensadas pelas marcas de modo estratégico, tendo como matéria-prima para sua fabricação o uso de materiais sustentáveis e biodegradáveis, como plásticos retirados dos oceanos, alimentos como amido de milho, mandioca e cogumelos, entre outros.
Os ODS representam não só um grande desafio para as marcas de alimentos, como também uma excelente oportunidade de alavancar novos negócios. No entanto, primeiramente será preciso compreender, de forma bem estruturada, as implicações dessas novas metas da ONU para o setor produtivo.
Na medida em que os ODS se integram à agenda global para o desenvolvimento humano e a preservação do planeta, eles permitirão que as marcas demonstrem como os seus produtos ajudam no avanço de uma sociedade sustentável, minimizando os impactos negativos e aumentando os positivos.
Antes de tudo, as marcas de alimentos devem se familiarizar com os ODS e entender as oportunidades e responsabilidades que eles representam para o seu negócio. O próximo passo é definir prioridades para aproveitar as oportunidades mais importantes oferecidas por essas metas e reduzir os riscos de impactos negativos.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que se propõem a desenvolver melhorias para o planeta, as organizações podem usar essas metas para agir de forma estratégica e usufruir de benefícios como:
Como foi possível perceber, o setor de alimentos exerce um papel relevante quanto ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ajudando também a dar destaque às causas levantadas pela ONU e, até mesmo, a engajar a sociedade no cumprimento dessas metas. Nesse sentido, tanto os negócios quanto o planeta só têm a ganhar.
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