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Estrategia em Alimento

Mudanças nos rótulos de alimentos: afinal, no que isso implica?

O mercado de alimentos é dinâmico e tem suas próprias tendências, que ascendem também de acordo com os hábitos de consumo da população. Uma das transformações mais notórias é a demanda por dados mais claros sobre o produto, cada vez mais essenciais para os rótulos de alimentos.

Com a promoção de um estilo de vida mais saudável e da conscientização a respeito da importância das escolhas alimentares, o consumidor quer saber exatamente aquilo que está ingerindo, entender se os componentes do produto comprado fazem bem à saúde e valorizar as marcas que adotam a transparência de informações nas embalagens.

Essa questão da rotulagem, inclusive, é pauta de projetos que vêm dando certo em outros países e que tem tudo para beneficiar o consumidor brasileiro. Vamos entender melhor sobre o tema?

Mudanças nos rótulos de alimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituiu, em 2014, um Grupo de Trabalho sobre Rotulagem Nutricional com a participação de diversos setores da sociedade. Os objetivos são fornecer os subsídios técnicos para embasar a revisão da rotulagem nutricional no Brasil, auxiliar na identificação dos problemas na transmissão de informações nutricionais e buscar alternativas que possam ajudar a melhorar a efetividade da rotulagem nutricional.

Uma das principais motivações de todo esse movimento é promover e facilitar utilização da rotulagem nutricional pelos consumidores brasileiros em suas escolhas alimentares diárias, uma vez que diversos estudos já demonstraram que uma parcela significativa de nossa população tem dificuldade em compreender e utilizar a rotulagem nutricional.

Trata-se de algo necessário especialmente quando se tem conhecimento do aumento progressivo da prevalência do excesso de peso e doenças relacionadas e ele, cuja relação com o consumo elevado de alimentos ultraprocessados está sendo cada vez mais comprovada. E, em grande parte das vezes, o próprio consumidor não tem consciência sobre o que, de fato, está ingerindo.

Afinal, não é difícil encontrar por aí embalagens em que, por exemplo, estão listados os ingredientes do produto de forma quase imperceptível, com siglas e termos em outros idiomas, ou mesmo utilizam percentagens descontextualizadas que, muitas vezes, confundem mais do que esclarecem o consumidor. Isso é algo que não aconteceria mais a partir da abordagem que se pretende na nova legislação.

A nova regulamentação tornará obrigatória a inclusão de advertências na parte frontal dos rótulos de alimentos (em símbolos ou cores, o que ainda está sob discussão) sobre a presença de quantidades altas dos chamados nutrientes de atenção para a saúde pública, como açúcar, sódio e gorduras saturadas. A intenção, então, é que a rotulagem se torne mais didática e compreensível, além de uma grande aliada à saúde do consumidor.

Benefícios para as empresas

Como já mencionamos, uma das demandas de consumo atuais é justamente a clareza de informações. Quando o público adquire um produto industrializado, a tendência é que ele dê prioridade àqueles que forneçam informações claras e honestas sobre a origem do alimento e sua composição, por exemplo.

A empresa que percebe essa questão e enxerga nela uma oportunidade estratégica de estreitar seu relacionamento com o consumidor, atraindo-o e fidelizando-o, só tem a ganhar. Além de mostrar que se preocupa com a sua saúde e qualidade de vida, ela também passa credibilidade, confiança e responsabilidade social.

Case de sucesso

No Chile, as mudanças nos rótulos de alimentos já são uma realidade. Isso é um bom sinal de que essa abordagem traz resultados significativos no que diz respeito à qualidade de vida da população chilena.

De acordo com um estudo feito pela Universidade do Chile em parceria com a Universidade Diego Portales e da Carolina do Norte (nos EUA), as advertências por meio de octógonos sinalizadores quanto aos níveis de sódio, açúcar e gorduras causaram não só melhorias na saúde do consumidor, como fizeram com que as próprias marcas passassem a reduzir os níveis dessas substâncias em seus alimentos ultraprocessados.

Desse modo, as mudanças nos rótulos de alimentos visam transformar a falta de dados em informação acessível. O papel das marcas nesse sentido é fundamental, pois, por meio de uma rotulagem clara, é possível educar o consumidor e guiá-lo ao caminho de uma alimentação mais equilibrada.

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