Os recursos naturais são consumidos pela humanidade em uma velocidade 30% maior do que a capacidade de renovação da Terra. Isso significa que, nesse ritmo, em 50 anos, precisaremos de um planeta a mais para que nossas necessidades de água, alimentos e energia sejam atendidas.
Uma das soluções possíveis nesse contexto é o desenvolvimento do consumo consciente, uma das formas de viabilizar a sustentabilidade ambiental e promover a saúde da população. Vale lembrar que todo consumo gera um impacto na natureza e, consequentemente, em nós mesmos. Por isso, é fundamental a tomada de consciência desses impactos na hora de escolher o alimento que vamos consumir.
Ficou interessado? Então, continue a leitura do post e descubra como você pode contribuir. São pequenas ações que fazem toda a diferença. Vamos lá?
O consumo consciente nada mais é do que uma contribuição cotidiana, voluntária e solidária que tem como objetivo a sustentabilidade do planeta, a saúde das pessoas e uma melhor qualidade de vida.
Trata-se de uma questão de hábito: pequenas mudanças em nosso cotidiano têm o poder de gerar grandes transformações. Quando dizemos que os alimentos produzidos no mundo podem não ser suficientes para alimentar a população prevista para daqui a 50 anos, por exemplo, não estamos falando apenas em escassez de oferta, mas principalmente no desperdício que impacta milhões de pessoas.
Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), organização da ONU que monitora a alimentação no planeta, mais de 30% da comida produzida no mundo vai parar no lixo, em diferentes momentos da cadeia, dentre os quais estão os estabelecimentos de alimentação e as residências.
O consumo consciente é a maneira mais viável de reverter isso. Confira a seguir alguns dos passos que você pode dar pela sustentabilidade do planeta e por sua saúde.
Um alimento orgânico pode não ter o tamanho ou a aparência dentro dos padrões aos quais você estava acostumado, mas tenha certeza de que ele é muito mais saudável! Um cultivo livre de agrotóxicos faz um bem enorme para o meio ambiente. E a sua saúde também agradece.
Uma das grandes razões para tanta comida no lixo é o descarte que os estabelecimentos comerciais fazem de alimentos considerados fora do padrão. Iniciativas que permitam a ressignificação desses padrões, bem como a facilitação do comércio desses alimentos são extremamente desejáveis. Um tomate que se encontra com uma parte levemente amassada, por exemplo, não precisa ir para a salada. Ele pode virar um molho delicioso e o “machucado” não vai diminuir em nada o valor nutricional.
Depois de cozinhar, repare o quanto de alimento foi para o lixo. São cascas, sementes e talos ricos em nutrientes, que podem ser utilizados em receitas muito saborosas, que se tornam ainda mais nutritivas.
Além disso, eles podem ser aproveitados para compostagem, virando adubo. Você consegue utilizar esse produto em uma horta própria ou entrar em contato com empresas que retiram o adubo para usá-lo no cultivo de alimentos orgânicos.
Não se esqueça que a comida do dia anterior que ficou na geladeira também pode ser reaproveitada. Que tal transformar aquele frango assado em um delicioso empadão? Para isso, é fundamental acondicionar adequadamente os alimentos que sobram, guardando-os, já frios, em recipientes com tampa.
Essa dica vale, principalmente, para os alimentos perecíveis, que estragam mais rapidamente. Prefira sempre comprá-los semanalmente ou conforme sua necessidade. Outra possibilidade é preparar as receitas e congelá-las.
Antes de ir às compras, sempre verifique a geladeira e a dispensa, para ter certeza do que precisa e não comprar alimentos em excesso.
Dessa forma, você economizará, deixará o dia a dia mais prático e evitará o descarte de um alimento que apodreceu porque ficou muito tempo escondido na geladeira.
O consumo consciente gerou uma revolução no mercado de alimentos. Cada vez mais as pessoas têm buscado por alimentos orgânicos, sustentáveis e de origem local, conforme revelou estudo realizado pela consultoria Condere, sócia brasileira do Global M&A Partners (GMAP).
A pesquisa Consumo Consciente revelou que a indústria tem se adaptado às escolhas mais criteriosas dos consumidores. E mais que isso: mostrou que há um real engajamento do mercado com o tema, sempre em busca da sustentabilidade, desde o investimento em uma cadeia de produção segura e rastreável, um rótulo mais acessível, até o tipo de embalagem utilizada.
Enfim, o consumo consciente não é uma tendência. Ele é o caminho mais viável para a sustentabilidade ambiental, qualidade de vida e saúde da população. Gostou do nosso artigo? Então, que tal compartilhá-lo em suas redes sociais? Espalhe essa ideia entre seus amigos!
