A saudabilidade alimentar é uma tendência que veio para ficar. Afinal, a procura dos consumidores por produtos saudáveis cresce de maneira constante. Para se ter uma ideia, em uma pesquisa da Nielsen, realizada em 2016, mostra que 66% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por alimentos e bebidas livres de ingredientes indesejáveis.
Sem dúvida, esses dados lançam desafios à indústria de alimentos ao mesmo tempo em que abrem excelentes oportunidades, que vão da criação ou diversificação das linhas de produtos à reformulação de embalagens e rótulos.
Ficou interessado? Quer saber mais sobre saudabilidade alimentar? Então, siga a leitura do post e descubra como aplicá-la na sua empresa. Vamos lá?
A saudabilidade alimentar — ou a procura por produtos mais saudáveis — é uma tendência que tem origem no avanço da ciência. Isso porque cada vez mais estudos vinculam a má alimentação a certas doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
Além disso, a obesidade já é considerada uma epidemia, o que estimula as pessoas a procurarem por alimentos mais saudáveis e menos calóricos. Segundo o Ministério da Saúde, 20% dos brasileiros são obesos e 54% estão acima do peso, podendo desenvolver doenças associadas a isso.
Outro fator que tem levado a população a procurar por alimentos mais saudáveis é o aumento da expectativa de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país em número de idosos em 2025, com cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos.
Essa longevidade faz com que a boa alimentação e, consequentemente, uma saúde melhor sejam preocupações constantes. Ter mais de 60, hoje, não é uma sentença à baixa produtividade ou ao sedentarismo — muito pelo contrário.
Tudo isso tem movimentado a economia e, principalmente, a indústria de alimentos. O consumo de orgânicos, por exemplo, vem se consolidando, assim como os produtos sem aditivos químicos, entre outras características.
Nesse sentido, os consumidores também aprenderam a interpretar os rótulos, exigindo, mais do que informações nutricionais, a relação de todos os ingredientes do produto.
Grandes redes de supermercado, por exemplo, têm aderido ao conceito. O Pão de Açúcar, desde 2018, desenvolve o projeto Espaço Saudável, onde reúne, em suas lojas, produtos naturais, funcionais, orgânicos, sem açúcar, glúten ou lactose. Já são 20 unidades neste modelo, o que proporcionou, segundo a rede, um aumento de 20% nas vendas dessa categoria.
Já o Carrefour conta com a marca Sabor e Qualidade desde o segundo semestre de 2018. De acordo com a empresa, são produtos que aliam sabor a sustentabilidade e preço. A empresa espera que, em 2020, 5% de suas vendas sejam de produtos orgânicos.
No exterior, o maior exemplo de que as gigantes supermercadistas estão investindo em saudabilidade alimentar foi a aquisição da rede americana Whole Foods, especializada em alimentos naturais e orgânicos, pela Amazon, em 2017.
E, por falar em aquisições, no Brasil temos bons exemplos relacionados ao tema da saudabilidade alimentar. A Bauducco hoje é dona da linha de biscoitos Cereale, e a Coca-Cola adquiriu a marca Verde Campo.
Além do surgimento de muitos comércios e indústrias especializados nesse tipo de alimentação, as empresas tradicionais também estão se reinventando a partir do uso de novos ingredientes em seus produtos, rótulos mais claros e transparência na origem dos seus insumos.
Dessa forma, o recomendável é observar o portfólio da sua indústria e avaliar as oportunidades que esse cenário oferece para a inovação, sempre buscando surpreender o consumidor que procura por saudabilidade alimentar. Confira como fazer isso na sua empresa.
A partir de uma avaliação mais profunda do que uma simples pesquisa demográfica, é possível traçar minucioso perfil do seu público-alvo, com detalhes como seu estilo de vida, preferências, o que o influencia na escolha da sua alimentação etc.
Todo esse mapeamento do comportamento do consumidor possibilitará fazer as escolhas certas e ações de marketing mais precisas.
Não basta ser saudável, tem que ser gostoso. É preciso ter cuidado porque a substituição de produtos tradicionais por ingredientes saudáveis podem refletir em alguns aspectos, como:
Além disso, é preciso saber em que categoria seu produto se enquadra (redução, funcionalidade, naturalidade etc.) e se ele está adequado ao que o consumidor deseja.
Outro ponto fundamental são as questões regulatórias — verifique as limitações em termos de ingredientes e aditivos. Por fim, fique atento para a reprodutibilidade na escala industrial e faça todos os ajustes necessários para assegurar as características do produto final.
O marketing de experimentação é uma ferramenta utilizada para lançar novos produtos no mercado. Por meio dele, é possível saber se sua marca conseguiu interpretar e executar a saudabilidade.
Com o feedbacks do consumidor, você terá mais segurança sobre o que você pretende ofertar. Aliás, eles são fundamentais em todas as etapas do processo, pois são eles que indicarão se a aceitação do produto está boa.
Ainda que a saudabilidade seja uma questão relevante no momento, é importante que a sua empresa avalie constantemente se essa adaptação está acontecendo da forma certa.
É interessante ter campanhas voltadas ao fortalecimento da saudabilidade. Informe seu público-alvo sobre essa conceito importante, focando em assuntos como obesidade, terceira idade e um estilo de vida mais saudável.
Lembre-se de que o marketing de alimentos é fundamental para se posicionar diante da saudabilidade. Ele ajudará sua empresa a se adequar às novas boas práticas necessárias.
Enfim, a saudabilidade alimentar é uma tendência que veio para ficar, já que a busca por produtos mais saudáveis está ligada a uma expectativa de vida maior da população, que quer envelhecer da melhor maneira possível.
Por isso, invista nesse conceito na sua empresa, mas sempre com a ajuda de uma consultoria especializada para que os resultados sejam mais efetivos. Então, entre em contato conosco agora mesmo e saiba como podemos ajudá-lo.