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Estrategia em Alimento

Mercado de bebidas: o que empresas de alimentos precisam saber?

O Brasil é popularmente conhecido como um grande consumidor de bebidas alcoólicas, dos mais diferentes tipos: cerveja, cachaça, catuaba, vinho, entre outras especialidades que caíram no gosto do público brasileiro.

As empresas de alimentos precisam estar atentas a atual situação do mercado de bebidas, bem como as atuais mudanças, principalmente no que concerne às ações de marketing.

Neste conteúdo vamos falar sobre a atual situação do mercado, bem como essas mudanças geram a necessidade de reposicionamento de marca. Boa leitura e aproveite o texto!

Mercado de bebidas e sua atual situação

O mercado de bebidas alcoólicas é um dos mais aquecidos no setor nacional. Alguns dados que comprovam essa importância são:

Apesar de tudo que falamos, o consumo desse tipo de bebida vem diminuindo no cenário nacional (queda de 11% entre 2010 e 2016 no consumo per capita).

As principais marcas do mercado de bebidas e o marketing atual

Recentemente as maiores marcas do mercado precisaram passar pelo árduo — e necessário — processo de reposicionamento de marca. Alguns cases de sucesso nesse aspecto são:

  • Cerveja Itaipava, mudando os anúncios com foco na objetificação das mulheres para o mote “Histórias de verão”, focando mais na experiência de consumo do consumidor;
  • Cerveja Skol, que passou também dos mesmos moldes de campanhas com focos em homens para campanhas como a de 2017 (“Redondo é sair do seu quadrado”), com presença de modelos das mais diferentes etnias e padrões de corpo;
  • Cachaça 51, entrando na nova fase de marketing com a campanha “Você é uma Boa Ideia” (utilizando o slogan tradicional da marca), na qual o objetivo é trazer o público para o centro do processo de divulgação e buscando motivá-lo para novas ideias, trazendo depoimentos e histórias de pessoas reais, estimulando o empoderamento;
  • Catuaba Selvagem, substituindo o apelo sexual da marca, passando-a de “bebida do sexo” para “bebida do amor”, com o mote “Pecado é não ser feliz”.

A importância do reposicionamento de marca nesse setor

Por que a necessidade do reposicionamento de marca no setor de bebidas alcoólicas? Algumas variáveis interferiram consideravelmente nisso.

A entrada de cervejas premium no mercado nacional (Heineken, Stella Artois, Budweiser, entre outras) e sua expansão de consumo obrigou que as marcas nacionais começassem a se diferenciar. Afinal, esses rótulos novos sempre foram consagrados fora do país por ações de marketing criativas e que seduziam o cliente pela irreverência.

Diante disso, as marcas nacionais tiveram de se reinventar para disputar espaço com as demais concorrentes e atrair a atenção do público. Lembre-se que atualmente o consumidor adota cada vez mais a política de “beber menos, mas beber melhor”.

Além desse ponto, a mudança na mentalidade da população brasileira exigiu que alguns conceitos, que eram “padrões” das campanhas de publicidade de bebidas alcoólicas até os anos 2000, começassem a se transformar.

As campanhas com tons machistas, ou com piadas politicamente incorretas, atualmente mais afastam o cliente do que o aproximam, o que exigia uma mudança considerável. Um dos principais casos foi o da Skol, tal como apontamos acima e, também, com a criação do rótulo Skol Beats 150 BPM, cuja embaixadora é uma mulher (Anitta), algo impensável nos anos 1990.

Valores como multiculturalismo, quebra de padrões, eliminação de preconceitos de gênero, empoderamento, valorização LGBTQ+ são cada vez mais exigidos para que as empresas de bebidas alcoólicas consigam a atenção dos seus clientes.

O mercado de bebidas é extremamente importante para a economia nacional. Por isso ele atrai uma série de empresas nacionais e internacionais para o país. Ao mesmo tempo, é um dos que têm consumidores mais exigentes. É fundamental saber como se comunicar com eles para conseguir melhores resultados.

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