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Estrategia em Alimento

Como as tecnologias podem mudar o mercado food?

No dia 28 de setembro, aconteceu aqui na RG o evento Think Food. Na oportunidade, aprendemos muitas coisas legais sobre diferentes ferramentas inteligentes e novas tecnologias e agora vamos compartilhar com vocês um pouquinho do que foi apresentado e discutido.
Discutimos assuntos que vão ao encontro do que estamos sempre pesquisando e estudando dentro do ecossistema de alimentos, afinal, nós, da RG, estamos sempre em busca de ideias inovadoras de mercado, que tragam a conexão com os clientes, inovação híbrida e aberta. Por isso, a ideia do evento foi reunir pessoas para contar sobre experiências e projetos em tecnologia. Heloísa Guarita, CEO da RG, resumiu bem os objetivos desse evento: “O antigo sistema de alimento está sendo recriado. O papel da RG é entender que existe a necessidade de mudar o sistema porque ficou velho, agora precisa ser reinventado. As startups são um motor para essa mudança. As tecnologias com sistema mais eficientes estão aí para sermos mais assertivos”.

Um dos primeiros palestrantes, Chris Jensen, Vice presidente de Growth na AI Palette, abordou o tema: Novas formas de conhecer o comportamento do consumidor com AI para o mundo dos alimentos e compartilhou que é apaixonado por start-ups e tecnologias emergentes e disse acreditar que os principais desafios de negócios, geralmente, são resolvidos com novas ideias e abordagens. Nos últimos 8 anos, ele apoiou algumas das maiores marcas globais com soluções de ponta que empregam Inteligência Artificial por meio de processamento de linguagem natural, visão computacional e análise preditiva. Isso propiciou aos seus clientes terem uma compreensão mais profunda dos mercados globais, identificarem tendências iniciais e espaços em branco e preverem oportunidades de crescimento futuro.

Já na conversa sobre Metaverveso e Gameficação , Victor Favaro, da RG, trocou ideias com Felipe Funari que é o co-fundador e diretor da W7M Investments Group e Jonas dos Santos, que tem projetos de comunicação e tecnologia para todo o tipo de indústria, de A (Apple) a Z (Zelo). Sobre o tema: Como usar a gamificação e metaverso para engajar marcas ao consumidor.
Metaverso consegue trazer experiência para o universo que já existia?
Eles relataram que o Metaverso já existe há um bom tempo dentro do universo dos Games e mostraram exemplos de marcas que já entraram no Metaverso e modelos de figital (mundo físico com o digital), que se passam dentro de jogos gta, usufruindo da tecnologia e ecossistema do jogo. Possibilitando, por exemplo, o cliente comprar um hambúrguer de verdade de uma hamburgueria do jogo.

Conversamos também com nossas duas startups de Israel, trazidas pela BRIL (Câmara Brasil Israel). A Anima Culinary art, que oferece cápsulas de vegetais 100% naturais, altamente funcionais e prontas para comer, trazendo um design único, e as cápsulas se cozinham no micro-ondas em oito minutos. Já a Duox Matok com Incredo Sugar desenvolveu uma solução natural de redução de açúcar com base no próprio açúcar. Juliana Kraiser, diretora da Câmara, ressalta sobre a importância de fazer conexões com Israel em termos inovação de negócios, dado a relevância do ecossistema de startups de Israel, considerada a “Startup Nation”.

Luis Borba, formado na FGV-EAESP, CEO e ganhador de diversas premiações envolvendo projetos de sustentabilidade, falou sobre o Superopa, uma plataforma tecnológica que faz delivery e pick-up de alimentos com até 70% de desconto. E o mais legal dessa plataforma é que ela consegue transformar desperdício em economia para todos (encurtamento da cadeia de suprimentos).

Com isso, a Superopa leva alimentos para pessoas que realmente precisam. São alocados containers em periferias e comunidades e as pessoas podem fazer os pedidos de forma digital, retirando por lá, sem ter que pagar o frete. Uma ideia prática e funcional, não é mesmo?

Murilo da Food to Save, que é pós graduado em Gestão de Negócios pela USP, apresentou a Plataforma de marketplace, que conecta o estabelecimento que deixa de descartar alimentos bons e aptos para consumo ao o usuário (que passa a comprar com 70% de desconto e consume diferentes tipos de alimentos). Com isso, também promove o consumo sustentável, evitando que 2,5 kg de CO2 sejam emitidos no meio ambiente e a reduzindo o desperdício na cadeia alimentar.

Qual o caminho a comida faz até chegar até nós? Essa foi pergunta que fechou nossa roda de conversa de quarta-feira. Priscila Veras, CEO da Muda Meu Mundo modelo disruptivo ao CEASA, que conecta o varejo ao produtor rural, em intermediários, gerando dados ESG de toda a cadeia produtiva destacou que o consumidor está se tornando cada vez consciente e pesquisando de onde vem sua comida. Mas ressaltou que o grande volume de comercialização continua nos supermercados. Diante dessa afirmativa, podemos nos perguntar: por que os pequenos produtores não conseguem acessar os supermercados? Priscila acredita que é devido às enormes barreiras que existem entre eles e o modelo proposto pela Muda Meu Mundo, que veio para facilitar esse processo.