Provavelmente, sua resposta foi sim! E isso é o que chamamos de “Food Porn”, forma tentadora para atrair toda atenção e desejo direto para o prato. Uma foto food porn chama mesmo a atenção e nos ajuda a compreender o sentido da expressão “comer com os olhos”, não é mesmo?
Um novo estudo realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) comprovou que a ideia de que food porn não é apenas um estilo de foto e hashtag. A pesquisa revelou que existe uma nova constelação de neurônios de processamento de imagens identificadas pelos especialistas que são estimulados exclusivamente por imagens de comida. Esses neurônios estão localizados no córtex visual, a parte do cérebro que processa e interpreta os estímulos enviados pelos olhos, ao lado de outros que respondem especificamente a rostos, corpos, lugares ou palavras, por exemplo.
Essa descoberta é muito importante, pois nos ajuda a entender o significado especial dos alimentos na cultura humana. Isso porque a comida não é apenas importante para a sobrevivência, mas ocupa um sentido fundamental na forma como organizamos nossa vida social.
“O alimento é central para as interações sociais humanas e práticas culturais. Não é apenas sustento”, comenta sobre o estudo Nancy Kanwisher, professora de neurociência cognitiva do MIT e uma das precursoras nos estudos dos neurônios do fluxo visual ventral — foi ela quem descobriu, há duas décadas, regiões corticais que respondem seletivamente aos rostos.
Os pesquisadores querem detalhar quais alimentos e que tipo de imagens pode ter ainda mais resposta no nosso cérebro. Estudos já demonstram que existe um componente alimentar ventral (VFC) nos nossos cérebros, espalhado por dois aglomerados de neurônios, que respondem ao menor estímulo de uma comida na nossa frente.
Se a quantidade de fotos de receitas que vemos todos os dias em múltiplas telas contribuiu para aprimorá-los é algo que ainda precisa ser comprovado. Mas não temos dúvidas de que uma foto de pizza pode acender neurônios adormecidos dentro de nós.