O mercado de plant-based (ou à base de plantas) é uma forma de substituição vegetal para produtos que são de origem animal, como os produtos a base de carnes e leites (hambúrgueres, linguiças, salsichas, iogurtes, leite de vaca e outros).
O termo começou a ser utilizado em 2016, quando o professor de Stanford, Patrick Brown, criou a Impossible Foods, uma das primeiras empresas plant-based do mundo. Um dos principais objetivos da empresa é reduzir o impacto da indústria de alimentos nas mudanças climáticas.
Desde então, diversos fatores contribuíram para o desenvolvimento e crescimento desse tipo de mercado. Para Laura Yumi, engenheira de alimentos, o aumento da preocupação do consumidor em relação à saúde foi um dos primeiros fatores a impulsionar esse setor.
“Apesar de a carne ser uma fonte de proteína de ótima qualidade, a quantidade de gordura saturada, principalmente na carne vermelha, é elevada, o que está relacionado ao surgimento de problemas de saúde crônicos, como pressão alta, colesterol alto e doenças cardiovasculares. Dessa forma, produtos análogos feitos com ingredientes de origem vegetal, que, por sua vez, são ricos em gordura insaturada, têm sido cada vez mais escolhidos pelos consumidores e tidos como mais saudáveis”, aponta a especialista.
Seja por uma preocupação com a sustentabilidade, com o bem-estar animal ou ainda por uma opção relacionada à melhoria da saúde, desde 2016 o consumo de produtos plant-based mostrou-se promissor em todo o mundo. Entretanto, este ano a movimentação desse mercado está aquém do que era esperado e começou-se a perceber uma diminuição nas expectativas de crescimento do mesmo. Após um boom nas vendas, os números estão caindo e é assim que muitos empreendedores e investidores estão percebendo o negócio ultimamente. Os CEOs estão cientes disso, mas continuam achando esse tipo de mercado promissor.
“Sim, o consumo é menor do que se via como potencial, mas ainda assim é muito atrativo”, de acordo com John Pinto, CEO da PlantPlus, em entrevista ao Pipeline.
Para investidores, o mercado de plant-based é promissor, mas requer pensamento a longo prazo e, especialmente, paciência. E este tom é reforçado pela queda das ações da Beyond Meat, uma das pioneiras na produção de carne à base de plantas a entrar na bolsa norte-americana.
O mercado de comidas à base de plantas tende a crescer ao longo dos anos.
Com um maior apetite por alternativas sustentáveis do lado do consumidor, redes de fast-food e produtores de carne correm para lucrar com as “carnes fake”. No mercado global, a movimentação esperada em 2022 é de cerca de US$ 8 bilhões. A projeção é quase dobrar até 2027.
Veja o gráfico divulgado pelo Statista:
Fonte: The News, Economic News Brasil e Food Navigator
