O estigma contra os alimentos processados está crescendo, mas, sem eles, não há como alimentar de forma sustentável 8 bilhões de pessoas.
Diga “comida processada”, e muitos de nós pensamos em junk food. Alimentos ricos em calorias, açúcar e gordura, fáceis de consumir em excesso, e que colocam nossa saúde em risco. Mas, precisamos parar de jogar todos os alimentos processados em um só grupo.
Alimentos frescos direto da campo são bons. O que geralmente esquecemos é que a maioria dos produtos vegetais e animais passa por algum tipo de processamento para convertê-los em algo que podemos – e queremos – comer. O problema não é o processo em si; é o que adicionamos e como o fazemos. Podemos usar o processamento para melhorar a nutrição ou impedi-la. Podemos adotá-lo onde agrega valor e boicotá-lo onde não agrega.
Tendo isso em vista, vemos que alimentos processados nos trouxeram benefícios, muitos dos quais rapidamente esquecemos. Precisamos relembrar do contexto em que os alimentos processados surgiram: um pós-guerra de boom industrial, aumento da força laboral e inserção da mulher no mercado de trabalho. Conseguimos, então, preservar os alimentos e aumentar sua vida útil, reduzindo o desperdício e aumentando seu raio de distribuição. Reduzimos a propagação de doenças transmitidas por alimentos. Aqueles com alergias e intolerâncias alimentares podem agora comer uma dieta equilibrada, saborosa e com praticidade.
A reação contra o processamento de alimentos é um luxo que o mundo não pode se dar ao luxo de abraçar. Caso contrário, o número de habitantes passando fome seria ainda mais assustador. Alimentos processados e nutricionalmente saudáveis são uma das muitas ferramentas que ajudarão a nutrir bilhões sem destruir o meio ambiente.