O termo “Glocalização” foi introduzido pela primeira vez na década de 1980 pelo mercado Japonês de produção automotiva, e mais tarde se popularizou no mundo dos negócios. De maneira crua, seu significado é oferecer um produto ou serviço de escala global, porém consumindo a cultura do local onde será inserido. As empresas fazem ajustes no próprio produto ou no processo para que consigam entregar o que a tendência e cultura do local levam à consumir.
Ou seja, podemos resumir como um “intercâmbio” entre valores culturais globais e locais, gerando um terceiro valor: glocal.
No âmbito alimentar, marcas e tendências globais devem utilizar-se de estratégias para explorar diferentes mercados, adaptando um produto, por exemplo, para satisfazer as preferências da cultura local. Um exemplo de empresa que adaptou alguns de seus produtos foi a Kibon, a empresa criou sorvetes com sabores de frutas que só existem no Nordeste: cajá, cupuaçu e graviola, por exemplo.
Consumir alimentos locais que reflitam tendências mundiais é uma das grandes apostas para o próximo ano. Pensando “glocalmente”, em uma dieta plant-based (tendência mundial), há que se considerar quais plantas são cultivadas na microrregião em que se vive, por exemplo, e quais são os hábitos e tradições de consumo do local, otimizando inclusive os gastos com importações, já que a FAO divulgou um aumento de 10% em comparação ao ano de 2021 com gastos de importações globais. Essa conta está estimada a chegar em quase 2 trilhões de dólares em 2022, com tendência de aumentar para 2023.
E você, conhece algum produto ou processo que passou pela “glocalização”?
